Pavilhão usa tradição árabe para reduzir uso de ar condicionado

Projetado pelo escritório de arquitetura Querkraft, o Pavilhão da Áustria na Expo 2020 Dubai foi profundamente inspirado pelas icônicas torres de vento e pelas características reguladoras do clima da arquitetura árabe tradicional, geralmente criadas a partir do barro.

O pavilhão é um edifício multissensorial composto por trinta e oito cones que se cruzam de alturas variadas.  Inspirado nas torres de vento árabe, a arquitetura apresenta um conceito climático inteligente que permite que o pavilhão se refresque com uma circulação constante do fluxo de ar.

As torres foram colocadas em torno de três pátios verdes e o edifício também foi equipado com um sistema de névoa de água que regula o clima naturalmente. À noite, as paredes de barro e concreto absorvem o frescor do espaço e então o liberam dentro do pavilhão durante o dia. Segundo os arquitetos, esta técnica passiva permitiu economizar três quartos da energia necessária para um edifício do mesmo padrão.

“O Pavilhão austríaco oferece espaço para entrar em diálogo com as perguntas essenciais para um futuro comum e melhor. O pavilhão coloca uma das perguntas mais importantes sobre o futuro e dá uma possível resposta: uso cuidadoso e respeitoso de nossos recursos terrenos”, disseram os arquitetos no site do escritório.

Diversas sequências de salas com atmosferas únicas foram posicionadas dentro e fora do pavilhão. Os telhados cônicos de argila do pavilhão se cruzam com o dossel da copa das árvores sobre eles para criar uma interação onipresente e intrigante de luz e sombra, permitindo que o edifício apele a todos os nossos sentidos.

“As formas do cone desenvolvem facilmente uma estética entre luz e sombra que convida o visitante a permanecer e explorar, contradizendo o ambiente agitado de uma exposição”, disseram os criadores do projeto.

Peças pré-fabricadas

Os cones individuais foram construídos a partir de oito peças diferentes fabricadas em um sistema de iglu. Essa utilização econômica de materiais garante que, uma vez desmontados, os cones possam ser remontados e reutilizados em um novo local.

“Através do uso cuidadoso de materiais de construção locais, pré-fabricação e subsequente reutilização do pavilhão, é demonstrada uma atitude sustentável em relação à nossa sociedade descartável”, finalizaram os arquitetos.

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