Mil pontos de ônibus terão jardins para abelhas no Reino Unido
Incluir telhados verdes em pontos de ônibus para atrair polinizadores é a proposta do “Bee Bus Stops”. O projeto teve início na cidade holandesa Utrecht, em 2019, chegou ao Reino Unido e agora está sendo ampliado pela nação.
Diversos estudos apontam para o risco do desaparecimento dos insetos. Uma das pesquisas aponta que quase metade de todas as espécies de insetos do mundo está em rápido declínio e um terço pode desaparecer por completo. Tal fato afeta toda a humanidade. Entre os serviços ecossistêmicos prestados pelos insetos, estima-se que 75% das safras de alimentos e 90% das plantas dependem de alguma forma da polinização animal.
Promover práticas agrícolas sustentáveis é uma forma de reverter o declínio de polinizadores, mas os países também podem repensar em como tornar áreas urbanas mais “amigáveis” para os polinizadores. O projeto “Bee Bus Stops” se desenrola neste sentido.
Borboletas e abelhas são exemplos de insetos que podem ser atraídos pelos pontos de ônibus com vegetação, tais como: morangos silvestres, papoulas e amores-perfeitos. Absorver água da chuva, ajudar a reduzir o efeito da ilha de calor urbana, capturar partículas poluentes do ar são outros benefícios apontados pela empresa Clear Channel UK, responsável por executar o projeto. Além é claro de embelezar a cidade tornando-a mais verde e colorida.
Segundo reportagem do The Guardian, a Clear Channel pretende criar pelo menos mais de mil paradas do tipo. Leicester, na Inglaterra, lidera com 30 pontos de ônibus cobertos por vegetação e flores. Outras cidades que implantaram a iniciativa incluem Derby, Southhampton, Newcastle, Sunderland, Derby, Oxford, Cardiff, Glasgow e Brighton. Os novos abrigos são instalados onde os antigos precisam ser substituídos.
Utrecht, a primeira cidade da Europa a ter paradas de ônibus para abelhas, agora possui mais de 300 unidades. A Clear Channel afirma que, enquanto há países em que a parada de ônibus já não é novidade (como Holanda, Dinamarca e Suécia), outros tantos – e distantes – estão atrás da iniciativa, sendo exemplo o Canadá e a Austrália. Ainda este ano, a empresa está levando o projeto para a França e Bélgica.