Documentário expõe a força do coletivo na bioconstrução
Oferecer conceitos e práticas na área de bioconstrução, manejo ecológico de água, técnicas de baixo impacto ambiental e economicamente viáveis. Estes foram alguns dos objetivos do curso “Técnicas Bioconstrutivas e Permacultura” realizado em Jundiaí, no interior de São Paulo, entre os meses de abril e maio de 2022.
O curso foi uma parceria entre o Sesc Jundiaí, o Departamento de Urbanismo da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) e a Escola de Gestão Pública (EGP). Além disso, a formação buscou ser uma forma de continuidade ao programa “Horta Urbana”, da Prefeitura de Jundiaí, que desde 2021 oferece áreas públicas ociosas para o cultivo de alimentos.
O curso reuniu pessoas que haviam feito cursos de plantio (oferecidos pela prefeitura) e já tinham a permissão de uso de terrenos públicos. O grupo então aprendeu na prática como construir um espaço para depósito de materiais e venda dos produtos da horta. Durante as aulas foram ensinados, por exemplo, como fazer paredes de adobe, taipa de pilão, círculo de bananeiras e tintas naturais – com princípios baseados na agricultura permanente.
O processo conhecido como taipa consiste em uma técnica muito antiga para construção de paredes com a utilização de terra compactada em moldes de madeira. “A terra vai sendo compactada, com o auxílio de um pilão, a cada 10 cm, aproximadamente, e as fôrmas vão sendo reposicionadas, para dar continuidade ao processo”, explica o arquiteto e educador Tomaz Lotufo.
Como é possível imaginar, todo esse processo envolveu muito suor, esforço coletivo e aprendizado. O trabalho também deu origem ao documentário “Do plantio à bioconstrução: a força coletiva na implantação da Horta Urbana no bairro Fazenda Grande” – confira aqui. No vídeo, é possível ver um pouco do trabalho e ouvir os depoimentos das pessoas que fizeram parte da aplicação da permacultura na cidade de Jundiaí.