Repensando o consumo: a economia circular como solução para um futuro sustentável
Modelo de economia surgiu em contraposição à lógica do consumo acelerado e predatório.
No mundo contemporâneo, com o avanço da tecnologia em escala exponencial, os seres humanos passaram a viver por muito mais tempo e, consequentemente, a consumir mais recursos. Conforme os dados disponibilizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), a tendência é que a população mundial cresça cerca de dois bilhões nos próximos 30 anos.
No entanto, à medida que a população cresce rapidamente, o debate sobre modelos econômicos mais sustentáveis torna-se urgente. De fato, o modelo econômico adotado majoritariamente no mundo, conhecido como economia linear, baseia-se na exploração de recursos destinados ao consumo.
Ou seja, utilizam-se recursos naturais finitos para fabricar produtos que, eventualmente, são descartados.
Nesse caso, trata-se de um conjunto de medidas que não passaram por um processo de planejamento. Para cada produto criado no mercado, são utilizadas novas matérias-primas, exigindo novas extrações de recursos naturais e, consequentemente, gerando mais lixo.
Mas a pergunta que fica é: como romper com essa lógica predatória?
Conheça a economia circular
Uma alternativa que surgiu em contraposição à lógica linear de consumo é a economia circular. Mas o que é a economia circular? Em resumo, pode-se dizer que esse modelo de economia visa a geração de novos produtos a partir dos resíduos já produzidos. Ou seja, a economia circular propõe mudanças na própria cadeia de produção, considerando a sustentabilidade, o bem-estar social e o crescimento econômico.
Nesse sentido, a economia circular deve ser compreendida como um tipo de sistema holístico, regenerativo em relação ao meio ambiente. Trata-se de um modelo econômico baseado no ciclo natural das relações ambientais de produção, consumo e reaproveitamento.
O objetivo desse modelo de economia é diminuir o impacto da ação humana na natureza, utilizando os recursos naturais de forma racional. O modelo circular de economia, portanto, possui a capacidade de gerar menos lixo, reduzir o esgotamento dos recursos naturais e diminuir significativamente os custos de produção.
É possível adotar a economia circular em larga escala? Quais são os desafios?
Em suma, é importante destacar que o pleno funcionamento desse modelo de economia não ocorre de forma unilateral. Isso significa que todos os envolvidos no processo precisam compreender seus papéis nessa nova forma de ver o mundo. Um dos grandes desafios que envolvem a adoção desse modelo é a mudança de consciência.
É necessário compreender que o consumo deve ser feito de forma consciente, e não mais acelerado. Além disso, vivemos em um mundo globalizado, no qual as relações de consumo e produção são interligadas. Portanto, ainda há uma ampla necessidade de divulgação desse conceito em escala mundial para que ele funcione efetivamente.
Nesse contexto, a educação desempenha um papel fundamental. Um exemplo desse processo seria a inclusão do debate sobre a economia circular nos cursos de gestão pública, visto que esse curso é ideal para os sujeitos que se preocupam com a sociedade e buscam meios de melhorá-la.
Desse modo, por meio dos novos gestores e da nova lógica de consumo, seria possível aplicar políticas que favorecessem ainda mais a redução, a reutilização e a reciclagem de materiais. Nessa perspectiva, além de melhorar as cadeias produtivas, poderia torná-las mais sustentáveis e eficientes.
Em suma, a sustentabilidade é um assunto que domina o cenário mundial. A adoção desse modelo de economia mostra-se como uma alternativa ao modelo linear, especialmente no que se refere à maximização da utilização dos recursos naturais finitos, prezando pelas futuras gerações.