Arara-azul: fotografia cada vez mais comum no Pantanal

Neste post da série Pantanal, na linha d’água,, quero falar de uma imagem instigante. Ela está nas páginas 128 e129 do livro e mostra duas araras-azuis no alto de uma palmeira bocaiuva.

É uma fotografia que atrai o olhar para o centro de interesse da história: o movimento das duas belas aves azuis na árvore que lhes fornece alimento. E o mais intrigante é que o fundo, que poderia ser um elemento de distração, trabalha em favor da imagem ao conferi-la movimento. Mas como o fundo tem movimento enquanto as araras e a árvore aparecem congeladas?

arara_azul1

A pergunta tem uma resposta simples: ventava bastante naquele dia e a árvore balançava de um lado para o outro ao sabor das rajadas. Ao invés de tentar congelar o movimento da árvore com uma alta velocidade de obturador, decidi trabalhar em velocidade baixa e acompanhar o vai e vem da árvore – apenas deslocando a camera montada com uma objetiva de 500 milímetros sobre o tripé (Nikon D300 com objetiva 500 f4). Para ajudar a congelar o movimento das aves, usei um flash com um fresnel capaz de projetar a luz para mais longe.

O melhor de tudo, porém, é fechar esse breve texto com uma ótima constatação: cenas de arara-azul em bocaiuvas são cada vez mais frequentes no Pantanal.

National Geographic