O mundo pode ser mais limpo e sustentável pós Covid-19
A primeira semana de isolamento social fez a poluição em São Paulo cair pela metade.
A primeira semana de isolamento social fez a poluição em São Paulo cair pela metade.
A energia solar tem inúmeras vantagens. A maior delas nesse período em que a população está ficando mais em casa por conta do isolamento social devido à pandemia é o auxílio no consumo de energia e, por consequência, a redução da conta de luz.
O setor de energia fotovoltaica teve uma parada abrupta em decorrência à pandemia que assolou o mundo, afetando a importação, distribuição e a expansão do mercado. A rápida escalada do Covid-19 pelo mundo atingiu diversos setores causando um efeito devastador na economia global.
Há atualmente milhares de consumidores brasileiros que têm conseguido economizar na conta de luz usando a energia solar.
Rotina alterada, poucos ou nenhum carro pelas ruas e fábricas sem produção, essas são algumas das consequências do coronavírus em todo o mundo, mesmo sem intenção, a crise de saúde tem provocado efeitos climáticos consideráveis no planeta e impacto positivo no meio ambiente.
As doenças transmitidas de animais para seres humanos estão em ascensão e pioram à medida que habitats selvagens são destruídos pela atividade humana.
O alívio provavelmente será momentâneo, e sua causa é uma má notícia. Mas uma das consequências inesperadas do surto do novo coronavírus foi o ar mais limpo e a redução das emissões de gases que contribuem para as mudanças climáticas.
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) defende que planos de estímulos para conter os efeitos econômicos da crise do coronavírus incluam iniciativas de segurança e sustentabilidade energética por meio de fontes renováveis.
“O impacto do coronavírus ao redor do mundo e a instabilidade econômica resultante estão dominando as atenções. Ao responder a essas crises interligadas, os governos não devem perder de vista o maior desafio de nossa era: a transição para energia limpa”, afirmou o diretor executivo da entidade, Faith Birol.
Em artigo publicado no site da IEA, o dirigente aponta que a crise não pode comprometer os esforços para reduzir emissões de CO2 e combater as mudanças climáticas. “Investimento em larga escala para impulsionar o desenvolvimento, implementação e integração de tecnologias de energia limpa, como solar, eólica, hidrogênio, baterias e captura de carbono, devem ser parte central de planos dos governos. Isso permitirá tanto o benefício de estimular a economia quanto de acelerar a transição da matriz.”
Birol argumenta que o progresso alcançado na transformação da infraestrutura energética dos países não será temporário e poderá fazer a diferença para o futuro do planeta. “Os custos de fontes renováveis, como solar e eólica, estão bem menores do que em momentos anteriores em que pacotes de estímulos foram lançados. E essas tecnologias estão em condições bem melhores de desenvolvimento atualmente. Os governos podem tornar a energia limpa mais atraente para investidores oferecendo garantias e contratos para reduzir os custos financeiros.”
O dirigente alerta que a forte queda de preços no mercado de petróleo oferece riscos para as políticas de transição energética. “Sem iniciativas governamentais, a energia mais barata sempre levará ao consumo menos eficiente. O cenário atual é uma excelente oportunidade de reduzir ou remover subsídios para combustíveis fósseis, que, mundialmente, totalizam cerca de US$ 400 bilhões.”
Birol também expressa preocupação com os efeitos do coronavírus na indústria chinesa de energia solar, a maior do mundo. “A economia da China foi severamente prejudicada em meio aos esforços de conter o vírus, causando potenciais gargalos para o suprimento de componentes e tecnologias. Por isso, é necessário que governos mantenham a transição para energia limpa como prioridade na resposta à crise atual. É uma oportunidade histórica de destinar recursos em um caminho mais sustentável.”
A consolidação de uma cultura sustentável na hotelaria requer a conscientização de profissionais e clientes. É o que aponta a vice-presidente de comunicação e responsabilidade social Accor América do Sul, Antonietta Varlese.