No Dia Internacional da Biodiversidade, ONU pede ação contra crise climática

Impactos das atividades humanas impactaram 75% do ambiente terrestre e cerca de dois terços dos ecossistemas marinhos; mensagem do secretário-geral pede robustez e rapidez à comunidade internacional na ação contra perda de biodiversidade e a crise climática.
Neste 22 de maio, as Nações Unidas assinalam o Dia Internacional da Biodiversidade. A organização promove a implementação das medidas no Marco Mundial Kunming-Montreal para a Diversidade Biológica por cumprir até 2030.


As atividades para marcar a data em todo o mundo acontecem sob o lema Do Acordo à Ação: Reconstruir a Biodiversidade.
Desperdício de alimentos e investimentos
Em mensagem, o secretário-geral da ONU fala de momento dedicado à reflexão sobre a relação humana com o “sistema que apoia a vida da humanidade”.

António Guterres lista recursos desde o ar que se respira, a comida que se consome, até à energia que alimenta e medicamentos que curam, as vidas dependem totalmente de ecossistemas saudáveis. Ele alertou sobre ações que arrasam todos os lugares do planeta e 1 milhão de espécies em risco de extinção com a degradação dos habitats, a poluição crescente e a piora da crise climática.

Sustentabilidade de padrões de produção e de consumo

Guterres pede o fim do que chama de guerra contra a natureza. Para cumprir o acordo, ele defende padrões de produção e de consumo mais sustentáveis e a canalização de subsídios de ações que destroem a natureza para soluções sustentáveis.
Entre as propostas do tratado estão: reduzir o desperdício de alimentos pela metade e investir pelo menos US$ 200 bilhões por ano em estratégias que beneficiem a biodiversidade na atual década.

Atividades em todo o mundo marcam o 22 de maio sob o lema Do Acordo à Ação: Reconstruir a Biodiversidade
Segundo a ONU, se nada mudar, a biodiversidade e os ecossistemas podem ser comprometidos assim como os avanços rumo a até 80% das metas previstas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Sociedade civil

António Guterres defende que essas ações requerem que os direitos dos povos indígenas e das comunidades locais sejam reconhecidos por serem “os mais fortes guardiões da biodiversidade do nosso mundo.”
O secretário-geral pede pressão aos governos e empresas para que tomem medidas mais fortes e rápidas contra a perda de biodiversidade e a crise climática, atuando com a sociedade civil por um futuro sustentável para todos.

De acordo com a ONU, as ações humanas geraram alterações significativas em 75% do ambiente terrestre e cerca de 66% do ambiente marinho.

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