Usina solar flutuante rastreia raios solares para absorver mais energia
Uma fazenda solar flutuante capaz de rastrear os raios de sol está sendo testada na Holanda. O protótipo, apelidado de Proteus, foi selecionado como finalista do European Inventor Award, que celebra as melhores e mais inovadoras invenções.
Apesar de não ter sido escolhida ao prêmio europeu, a usina mostrou seu potencial tecnológico. Seus painéis giram lentamente em dois eixos, usando sensores mecânicos, geoespaciais e de luz para rastrear com precisão a elevação do caminho do sol conforme ele se move de leste a oeste. Com isso, a fazenda aumenta sua capacidade de produção energética, podendo produzir cerca de 73 quilowatts de energia.
O Proteus é basicamente uma ilha de painéis solares que flutua sobre a água, gerando energia renovável. O modelo possui 38 metros de largura e é equipado com 180 painéis de dupla face. Cada ilha pode ser instalada em lagos, reservatórios e áreas costeiras. Por enquanto, a usina está em testes no Oostvoornse Meer, um lago no sudoeste da Holanda.
Desenvolvida pela empresa portuguesa Solaris Float, a usina pode gerar 40% mais energia do que painéis fixos em terra, estima a companhia. Outra vantagem é gerar energia limpa e renovável sem precisar de solo – característica que tem grande potencial especialmente em países onde o uso da terra é limitado.
Em uma boa localização e condições normais, sete ilhas Proteus com uma área de 15 mil m2 poderiam gerar até 2 GW por ano, o suficiente para abastecer 1,5 milhão de residências.
Para além do possível impacto visual, a empresa não vê impactos ambientais negativos na solução. Pelo contrário, explica que a ideia é instalar o produto em lagos de barragens já existentes, cuja consequência positiva será a redução da evaporação no corpo d’água devido às sombras e à barreira de vento formada pela estrutura flutuante.