Boate na Escócia gera energia com movimentação na pista de dança
Uma boate escocesa descobriu que a energia do seu público pode ser convertida em energia elétrica e reduzir a pegada de carbono do estabelecimento em até 70 toneladas por ano. Isso porque, quando dançam, as pessoas geram e transmitem calor e este calor é energia térmica que pode gerar eletricidade. Tudo vai depender da música e da animação do dia.
Localizada em Glasgow, a SWG3 inaugurou uma pista de dança que absorve o calor do corpo do público e o converte em energia térmica, entre 250 e 600 watts. A inovação havia sido anunciada em 2021 e, com a crise energética na Europa, começou a funcionar em uma ótima hora. A iniciativa vai encontro da meta da SWG3 de se tornar neutra em carbono até 2025.
A energia térmica gerada pelos corpos em movimento é canalizada através de um fluido transmissor para um poço que fica a 200 metros de profundidade. Lá ela vai para uma bateria térmica que gera eletricidade que volta para a pista, alimentando o sistema de aquecimento e ar condicionado da boate.
O sistema foi desenvolvido pela empresa TownRock Energy Geothermal e ganhou o nome apropriado de “Body Heat”, Calor do Corpo, em português. Segundo o fundador da TownRock, David Townsend, músicas de média intensidade, como sucessos dos Rolling Stones, podem gerar 250 watts.
“Mas se você tem um grande DJ que faz todo mundo pular para cima e para baixo, você pode gerar até 600W de energia térmica”, disse ele.
Townsend explica que o uso de um fluido para armazenar a energia térmica é muito mais eficiente porque ele retém o calor por muito mais tempo do que o ar. Além disso, dentro do poço o líquido fica bem isolado sob o solo, o que torna o sistema mais eficaz do que qualquer sistema de aquecimento a gás.