Espaço de pesquisa em energia renovável é inaugurado em Curitiba

Curitiba ganhou um espaço para estudo e disseminação de informações sobre energias renováveis. O Curitiba Solar, no complexo Imap (do Instituto Municipal de Administração Pública), junto ao Salão de Atos do Parque Barigui, é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba, a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O local foi inaugurado oficialmente nesta sexta-feira (6/5), com a presença do prefeito Rafael Greca, que lembrou que os equipamentos de geração de energia renovável instalados no Barigui – os painéis solares no complexo e a CGH Nicolau Kluppel, na queda d’água – fazem parte do Curitiba Mais Energia, programa capitaneado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente no enfrentamento das mudanças climáticas.

“Somos uma cidade voltada ao desenvolvimento sustentável e, para nós, esse projeto representa a ideia da transformação do parque em uma vitrine de futuro e de eficiência energética”, disse o prefeito Rafael Greca.

Como funciona

O Espaço Curitiba Solar será aberto ao público para visitação (os horários serão divulgados em breve) e permitirá aos estudantes dos diferentes cursos universitários, cursos técnicos, escolas públicas e privadas, aos curitibinhas e à população em geral a oportunidade de conhecer o funcionamento da mini usina de geração de energia solar, que fica no telhado do complexo.

“As informações estarão disponíveis por meio de QR-codes que trarão vídeos sobre os temas, gravados no Estúdio Imap, pelos pesquisadores envolvidos no projeto”, contou o presidente do instituto, Alexandre Matschinske. “É uma grande oportunidade de mostrarmos como Curitiba vem tratando o tema e o desenvolvimento das energias renováveis”, completou, ao agradecer a parceria da UFPR, da Copel e da equipe técnica do Imap.

O diretor-geral da Copel Distribuição, Maximiliano Andrés Orfali, disse ter ficado emocionado ao ver a sala montada com todos os equipamentos. “Temos a certeza de que é um conceito que veremos em larga escala em muitos outros locais.”

Para o superintendente da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), o professor João da Silva Dias, o projeto é um orgulho. “É uma honra e nós agradecemos o município por podermos fazer parte desse projeto. Curitiba continua dando exemplo”, afirmou.

De acordo com o professor Alexandre Aoki, coordenador do projeto com outros professores da UFPR, esta é uma grande oportunidade. “Para nós, poder enxergar o uso real da energia é muito interessante, porque no laboratório tudo é mais controlado”, esclareceu.

O espaço

A energia fotovoltaica funciona no complexo desde 2020, quando 98 painéis foram instalados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente. O sistema chamou a atenção de pesquisadores da UFPR, que buscaram junto ao Imap a possibilidade de implementação de um Projeto Piloto de Microrrede, viabilizado pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) com recursos da Copel.

Em 2020, o Imap assinou o termo de cooperação técnica com a Funpar para ampliação da usina solar do Parque Barigui e implementação do espaço Curitiba Solar e novos painéis foram instalados. A instalação do projeto proporcionou uma economia de 67,64% no valor da conta de luz do Complexo Imap Barigui. O projeto é 100% financiado pela Copel.

Agora, o local conta com 105 painéis e um sistema de armazenamento de energia feito com baterias de litium (mesma tecnologia utilizada em muitos celulares) de 9 quilowatts cada. A microrrede armazena e opera a energia acumulada, de forma controlada e coordenada com a rede de distribuição de energia.

É com essa energia acumulada que funciona também o carport solar, um portal para carros que possui equipamento para a recarga de veículos elétricos.

Sustentabilidade

No espaço Curitiba Solar, é possível, ainda, ter informações sobre alguns sistemas de geração de energia renovável na cidade – o do próprio complexo, o da CGH Nicolau Klüppel e o do telhado do Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura. Em breve, lembrou a secretária do Meio Ambiente, Marilza Dias, também serão colocadas as informações da Pirâmide Solar do Caximba, que está sendo construída no antigo aterro sanitário.

A cidade vem implantando esses sistemas desde 2019 e eles fazem parte do Curitiba Mais Energia, que tem como objetivo a redução de emissões de gases do efeito estufa. Além dos equipamentos já citados, há painéis solares na Galeria das Quatro Estações, no Jardim Botânico e, futuramente, serão instalados na rodoferroviária de Curitiba e nos terminais de ônibus do Santa Cândida, Boqueirão e Pinheirinho.

“Com todas essas plantas em funcionamento, teremos 60% dos próprios municipais abastecidos com energia renovável e produzida pelo município”, destacou a secretária.

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