Esgoto tratado: saúde para a população e preservação para o meio ambiente

Com uma completa e moderna infraestrutura, serviço de esgotamento sanitário já atende mais de 80% da população campo-grandense.

Da hora que a gente acorda até a hora que vamos dormir novamente, praticamente todas as nossas atividades necessitam de água: escovar os dentes, tomar banho, limpar a casa, lavar a roupa, fazer nossas refeições, o trabalho e as atividades físicas da academia que pedem hidratação, isso sem falar do nosso bom e gelado tereré. De acordo com a pesquisa Contas Econômicas Ambientais da Água (CEAA) 2013-2015, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cada brasileiro consome 108,4 litros de água por dia.

Saneamento

Mas você já parou para pensar para onde vai toda essa água? No mundo ideal, o correto seria ser recolhido pela rede de esgoto e devidamente tratado antes de ser devolvido ao meio ambiente. No entanto, 48% da população brasileira ainda não tem acesso à rede de coleta de esgoto, de acordo com o Instituto Trata Brasil.

O “esgotômetro”, medidor de esgoto despejado na natureza, disponível no site do Trata Brasil, mostra que um volume correspondente a mais de 1,5 milhão de piscinas olímpicas de esgoto foi lançado ao meio ambiente no Brasil desde 1º de janeiro de 2019.

As regiões brasileiras com os piores índices de coleta são o Norte (10,24%) e o Nordeste (26,87%), e os melhores estão com Sudeste (78,54%) e Centro-Oeste (53,88%).

Uma cidade, um exemplo

E é justamente da Região Centro-Oeste, mais especificamente na capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, que vem um dos melhores exemplos de evolução em saneamento básico para o Brasil.

Desde 2000, quando assumiu a concessão dos serviços de distribuição de água potável e esgotamento sanitário da cidade, a empresa Águas Guariroba alcançou 99% de distribuição de água potável para a população campo-grandense e atingiu 82% da cobertura dos serviços de esgoto, que eram de 29% em 2006.

Para alcançar esses índices, muitos investimentos foram feitos em infraestrutura, capital humano e ações de conscientização diretamente com os consumidores.

“Anteriormente à concessão existiam algumas Estações de Tratamento de Esgoto para atender pequenas parcelas da população, sendo assim, elas se encontravam em locais muito adensados, mais próximos da população o que acarretava desconforto da mesma. Além disso, o lançamento do efluente tratado era realizado em córregos, que são corpos hídricos com menor capacidade de receber uma contribuição do que os Rios. Por isso o tratamento foi integrado em apenas dois pontos, melhorando a qualidade dos córregos da cidade, melhorando a qualidade de vida da população e trazendo novas tecnologias de tratamento de esgoto. ”, explica Renato Vilela, químico e analista responsável pelo laboratório de efluentes, localizado na ETE Los Angeles.

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