Entenda o que é remediação ambiental e sua importância na recuperação de áreas contaminadas

A chamada remediação ambiental consiste em um conjunto de medidas destinadas a recuperar áreas contaminadas. Isso é feito por meio da eliminação das fontes geradoras de poluição, dos riscos à população e pela diminuição do nível de contaminação da água e do solo.

Essas áreas contaminadas são definidas como locais que contêm substâncias potencialmente danosas ao meio ambiente e à saúde pública. Pode ser um terreno, em ambiente natural, ou espaços ocupados por instalações industriais, comerciais, prédios e outras benfeitorias, nos quais há depósitos de materiais contaminantes. Esses resíduos podem estar legalmente armazenados, ser despejados acidentalmente ou até de maneira criminosa.

Os exemplos mais comuns de áreas contaminadas são os lixões e aterros sanitários desativados — que representam diversos riscos ao meio ambiente.

Como é feita a remediação ambiental?

O processo de remediação ambiental é complexo, pois exige um estudo aprofundado sobre as causas e consequências da contaminação, além da definição das medidas mais eficazes para recuperar o local contaminado e de investimentos públicos e/ou privados para concretizar o plano de ações.

A remediação ambiental de áreas contaminadas compreende as seguintes etapas:

Avaliação inicial para verificar a suspeita de contaminação, potencial de contaminação ou se a área já está contaminada;

Coleta de amostras do solo e água para confirmar se existe contaminação;

Investigação mais abrangente para quantificar a contaminação e delimitar o local afetado;

Análise de riscos das substâncias químicas ao meio ambiente e à saúde humana;

Planejamento de intervenção e das medidas de remediação ambiental;

Execução das medidas planejadas para remediar a área contaminada;

Monitoramento da área descontaminada para confirmar os resultados das medidas de remediação.

Técnicas de remediação ambiental de áreas contaminadas

As técnicas de remediação ambiental estão organizadas em dois grupos, in situ e ex situ.

Remediação ambiental in situ

As técnicas in situ correspondem às medidas que são executadas na própria área contaminada, o que geralmente é mais econômico e apresenta baixo risco de gerar contaminações secundárias. Exemplos de técnicas in situ de remediação ambiental:

Barreira Hidráulica;
Barreira Reativa;
Biorremediação;
Bombeamento;
Extração de vapores;
Extração Multifásica;
Processo Oxidativo.

Remediação ambiental ex situ

As técnicas ex situ são mais onerosas e arriscadas, uma vez que implicam no transporte dos resíduos contaminantes até o local onde serão submetidos a tratamento, antes da destinação final. Além disso, existe o risco de uma contaminação secundária durante o processo de remoção e transporte desses materiais.

Em operações ex situ de remediação de áreas contaminadas, é feita a escavação do local afetado para remover os resíduos tóxicos, que serão transportados para tratamento antes da destinação final. Na remediação ex situ, os resíduos contaminados seguem para:

Aterro sanitário: local destinado à decomposição final de resíduos domésticos, comerciais e industriais;

Biopilhas: técnica que reduz a concentração de hidrocarbonetos de petróleo no solo;

Dessorção térmica: processo que elimina ou reduz os níveis de contaminação do solo por
hidrocarbonetos de petróleo não recicláveis, como a gasolina e o diesel;

Coprocessamento: processamento de resíduos sólidos industriais para gerar energia alternativa às indústrias do setor de cimento.

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