Plataforma online mostra quanto custa gerar energia elétrica no Brasil
Ideia é simular, em um mix de sete possibilidades – hidrelétrica, solar, eólica, térmica a biomassa, térmica a gás natural, térmica a carvão e nuclear – a futura matriz brasileira. A ferramenta informa quanto seria o investimento necessário, quanto essa composição emitiria de gás carbônico e qual seria o valor na sua conta de luz.
Segundo estimativas oficiais do governo, até 2025 o Brasil precisará de uma produção extra de energia de 200 terawatts-hora (TWh), ou quase um terço a mais em relação à demanda atual. Dependendo de quais tipos de energia serão escolhidos, os custos podem ser maiores ou menores, assim como as emissões de gases de efeito-estufa.
Para ajudar a população a entender o que essas escolhas podem significar para o bolso na hora de pagar a conta de luz e também para a contribuição do País ao aquecimento global, o Instituto Escolhas lança nesta sexta-feira (12) uma plataforma online que permite simular os mais diferentes cenários de composição da matriz elétrica brasileira para atender a essa demanda.
O leitor pode fazer sua própria composição dentro de sete possibilidades de energia: hidrelétrica, solar, eólica, térmica a biomassa, térmica a gás natural, térmica a carvão e nuclear. E a ferramenta informa quanto seria o investimento necessário, quanto essa composição emitiria de gás carbônico e qual seria o valor na sua conta de energia por megawatt-hora. Para este último valor, o usuário deve selecionar também a distribuidora de energia da região onde mora.
“A ideia é que as pessoas possam fazer o mix de matriz elétrica que acharem mais interessante e terem noção de qual impacto isso pode ter no orçamento do país e no próprio bolso. A pessoa pode querer só fontes renováveis ou não ligar para nada disso e querer carvão, mas com a plataforma vai saber em números o que isso significa”, explicou ao Estado Sérgio Leitão, diretor de Relacionamento com a Sociedade do Instituto Escolhas e coordenador da plataforma #Quantoé? Gerar Energia.
O Estado fez uma simulação que não resultasse em mais hidrelétricas nem em fontes sujas, com investimento de 40% em eólica, 25% solar e 35% em térmica a biomassa. O investimento seria de R$ 1,249 trilhão e a conta ao consumidor seria de 249,75 R$/MWh. Em São Paulo hoje esse custo é de R$ 224,02 R$/MWh.